domingo, 21 de junho de 2009

Clarice Lispector...

Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.

"faço minhas as palavras dessa gd escritora "

Um comentário:

  1. É difícil comentar Clarice. Ela não entende o entender e eu muito menos. Como compreender que um ser possa ser capaz de falar de sentimentos com tanta clareza, veracidade e sensibilidade, mas em seu tempo de realidade, ser também "fantasiosa" e dizer do amor encondendo a si mesma? Ela é o "Claro Enigma" de Drummond, ela é maravilhosa! E o texto? Esse nem precisa de palavra alguma...
    Um beijo menina estrela!
    Rita

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